Cimeira UE/África: Um diálogo cheio de vírgulas entre dois continentes
Gostei do titulo da noticia do Publico.pt hoje sobre a cimeira UE/África: "Um diálogo cheio de vírgulas entre dois continentes".
Africa é um continente real que os media vao constantemente abordando e descrevendo o que ali se passa e como se vive consoante os desejos dos senhores dos aneis (Africanos e Nao Africanos/em Africa ou fora de Africa).
É foco das coisas mais temidas do mundo (SIDA, Fome, Guerra) como das coisas mais desejadas do mundo (Diamantes, Petroleo, Peles).
É para o mundo um continente de extremos: O local onde tudo é virulentamente perigoso e hostil assim como o "meu safari de sonho" onde a Natureza demonstra diáriamente a sua pojança.
O que hoje se considera como Europa ou o Continente Europeu sempre esteve relacionado com o continente Africano, para o bem ou para o mal.
De colono passou a ser "amigo", há quem diga que por sentimento de culpa ou de colonizaçao indirecta. Outros por solidariedade e Humanidade.
O facto é que se relacionam, e pretendem continuar a relacionar-se.
Esta cimeira é mais uma daquelas em que se vao falar de temas abstractos, de temas mais que batidos, mas creio que o mais importante é que se vao reunir todos na mesma mesa e olhar-se nos olhos (Europeus - Africanos; Europeus - Europeus; Africanos - Africanos)
Nao vejo grandes diplomas ratificados dali.
Nao vejo a Fome ou a Guerra a serem estancadas por compromissos ou subsidios e actuaçoes milagrosas.
Vejo sim um desfile de Srs. Países Africanos cujo aperto de mao aos Srs. Europa simboliza uma aceitaçao à continuidade do relacionamento e a abertura para novas relaçoes em parceria.
Em cerca de 99% das cimeiras o que se pretende é enviar uma mensgem.
Da parte da UE, no meu entender a mensagem é:
A Europa pretende continuar envolvida e proxima ao que se passa no continente africano, e que nos orgulhamos dessa relaçao "priveligiada" de parceiro economico e social.Nos entretantos a vida continua, tanto lá como cá, perante a indiferença a esta cimeira de 90% da populaçao que o que realmente lhe importa é tentar sobreviver.
Labels: News, Visions of Humanity
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