Amor Platónico - bebendo a novela Guerra e Paz

A arte de Amar a total absorçao de um momento real, fugaz no tempo fisico, num encontro, num olhar fixo, em algumas frases e muita escuta dos silêncios, dos pormenores dos olhares, do olhar, da cor do dia ou da noite, da expectativa ruminada desde o encontro anterior até este, pelos milhares de fotogramas que se produziram e fantasiaram na tua cabeça até se sobreporem ao que de facto foi.

É ir mais além da comunhao e da simplicidade. É partir para a criaçao de um idolo, de um Deus Sol ao qual se adora e é ao mesmo tempo é adorado.

Só esse superser te permite navegar dentro de ti e levar-te a criar e sentir o extase de toda a tua imaginaçao ou criaçao do Amor.

Alimenta-se do Passado Presente, ocupa todo o infinito espaço do coraçao, o qual palpita como que emitindo ondas que sejam apenas e só captadas pela antena desejada, escolhida, destinada. Da luz da alegria, da vida.

É um sentir-se vivo numa ilha em que sabes que estás só, mas que esperas que seja só até ao próximo encontro.

Nos entretantos vais ruminando... expectando, fantasiando, na dor, na alegria, num limbo situado algures entre o climax da tempestade e da bonanza.

Guerra e Paz

Num só momento, teu.